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Giro pelas Paralimpíadas: Os ouros do Brasil e as histórias por trás deles


No quinto dia de provas dos jogos paralímpicos o Brasil já superou o número total de medalhas conquistadas nos jogos olímpicos, com 35 contra 19.

Quem levou o primeiro ouro foi Ricardo Costa de Oliveira na prova de Salto em distância, na categoria T11, para cegos, na quinta-feira.

O atleta de 34 anos, nascido no Mato Grosso do Sul, começou a treinar em 2002 e conta que sua inspiração é a irmã mais nova, Silvania Costa de Oliveira, campeã mundial em 2015, que também compete no salto em distância para cegos. Os dois possuem a doença de Stargardt, uma síndrome congênita que leva à perda gradual da visão. Ricardo foi diagnosticado com a doença aos 11 anos, quando perdeu completamente a visão.

O segundo e o nono ouro foram do nadador Daniel Dias, de 28 anos, que conquistou cinco medalhas durante os jogos. Daniel venceu os 200 m livre da categoria S5, prova em que detém o recorde mundial. Nesta segunda feira, o atleta que aprendeu a nadar apenas em 2004, aos 16 anos, levou o seu segundo ouro nos 50m livre (classe S5). Daniel Dias nasceu com uma má formação congênita nos dois braços e uma perna, em Campinas, interior de São Paulo. Em Londres (2012) conquistou seis medalhas de ouro e consagrou-se como o maior medalhista brasileiro na história dos Jogos Paraolímpicos. Nesta Paralimpíada o atleta ocupa a sexta posição no quadro geral de medalhas, sendo o brasileiro com melhor posição.

Quem conquistou o terceiro ouro para o Brasil foi Daniel Martins, na prova dos 400m da categoria T20, exclusiva para deficientes intelectuais. O Atleta, recordista mundial nesta categoria, teve um excelente desempenho na prova, conquistando o ouro e ainda batendo seu próprio recorde mundial. Com marca de 47s22, o brasileiro largou muito bem, saindo na frente na primeira curva e ficando muito à frente dos demais. Ao final da prova, Daniel aumentou o ritmo na tentativa de bater o seu recorde, com muito sucesso. O garoto de Marília, interior de São Paulo, iniciou sua trajetória em um projeto esportivo da cidade comandado pelo treinador Luiz Carlos Albieri,o mesmo técnico do início da carreira de Thiago Braz, campeão olímpico do salto com vara.

Claudiney Batista, de 37 anos, conquistou o quarto ouro do Brasil no sábado, no lançamento de disco. O atleta quebrou o recorde mundial da categoria na classe F56, para cadeirantes e lesões similares, com a marca de 45,33 metros (o recorde anterior era 44,63m). O atleta já havia ganho a medalha de prata em lançamento de dardo, na Paralimpíada de Londres, em 2012. O atleta teve a perna esquerda amputada, a partir do joelho, depois de um acidente de moto. Enquanto esteve no hospital, recebeu visitas de alguns atletas paralímpicos, que o convidaram para entrar no esporte. Depois de dois anos resistindo, em 2007 aceitou o convite e hoje é detentor do recorde mundial da categoria.

A atleta de lançamento de dardo Shirlene Coelho conquistou a quinta medalha de ouro nas paralimpíadas. A entrada da atleta no esporte aconteceu em 2005, quando entrou para o basquete, direcionada por uma organização com pessoas com deficiência. Shirlene desistiu do basquete um mês depois, até que em 2006 fez um teste no atletismo paralímpico, no lançamento de disco. Se técnico dizia que seu forte seria o disco, o dardo e o peso seriam apenas "brincadeiras" para ela. Nessa brincadeira a atleta se apaixonou pelo dardo e bateu o recorde brasileiro. Shirlene abandonou o seu emprego para se dedicar apenas ao atletismo. Esta é sua terceira medalha em Paralímpiadas, depois de um ouro em Londres (2012) e uma prata em Pequim (2008). A atleta nasceu prematuramente e tem hemiplegia, o que afeta o movimento de sua musculatura do lado esquerdo.

O atleta Petrúcio Ferreira dos Santos conquistou neste domingo a medalha de ouro nos 100 metros rasos da categoria T4, o sexto ouro da delegação. Após duas décadas sem nenhum recorde nesta prova, Petrúcio quebrou o recorde mundial, com tempo de 10s57, superando a sua própria marca de 10s67 conquistada no sábado (10). O Atleta perdeu a mão esquerda em um acidente com uma máquina de moer capim quando tinha dois anos.

Quem conquistou o sétimo ouro para o Brasil foi Alessandro Rodrigo Silva, nesta segunda-feira. O atleta ainda bateu o recorde paralímpico no lançamento de disco, na categoria F11 (para cegos), com a marca de 43,06 metros. Alessandro, nascido em Santo André (SP), contraiu toxoplasmose, doença que o levou à cegueira até que, quatro anos depois, conheceu seu atual técnico, Walter Agripino, que o chamou para treinar. Já na primeira competição conquistou o terceiro lugar e depois disso não parou mais de treinar. O atleta conta que o esporte mudou a sua vida e que é nele onde encontra a felicidade.


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